sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Bala Na Agulha com o guitarrista / vocalista Mateus Graffunder


Pra não perder o costume, começo essa postagem ao som do disco "The Fall of Hearts" (2016) da banda Katatonia. Esse disco é pra quem curte uma viagem sonora, especialidade dos caras, vale a pena conferir, discaço. 


Nesse 13º Bala Na Agulha convidei meu amigo Mateus Graffunder (guitarrista e vocalista da banda "Broken Jazz Society", também conhecido como Garfield, pra deixar aqui registrado as 5 pérolas musicais que está ouvindo no momento.
Mateus já tocou nas bandas:
Jardim Zen
Granvizir
Beatles Callis

Deixo vocês com as palavras de Mateus e na sequência os cinco discos:

Mateus Graffunder

"Bom dia Tito, primeiramente queria agradecer pelo convite para participar do "bala na agulha", sempre acompanho o blog e também toda história musical em que você está envolvido em Uberaba! É uma honra estar aqui. 
É muito difícil escolher 5 discos que tenho ouvido, porque consumo música O TEMPO TODO.


Na hora que acordo já escolho uma trilha sonora pro café da manhã, e assim segue o dia todo, sempre ouvindo algo, então são inúmeras referências que me vem à cabeça quando paro pra escolher eles. Mas acho q consegui sintetizar bem o que mais tenho ouvido nos últimos dias.

Aê Mateus, manda Bala Na Agulha aí cumpadi:





1 - Red Hot Chili Peppers - The Getaway (2016)

Último trabalho dos caras, e me surpeendeu muito. Como um fã incondicional de John Frusciante, confesso que fiquei receoso quando o mesmo resolveu sair em 2009, e foi substituído pelo Josh Klinghoffer. Mas nesse disco ele vem confirmar o seu talento no comando das guitarras do RHCP. Flea como sempre destruindo nas linhas de baixo, Chad Smith indiscutível, e Anthony Kieds em uma fase incomparável nas linhas melódicas. As texturas de guitarras, o trabalho com o vazio, os timbres... É animal!! Um disco que venho ouvindo em loop nas últimas semanas.




Hellbenders - Peyote (2016)

Até ouvir esse disco com atenção não tinha entendido o por quê da hype em torno da banda, mas quando vc coloca esse álbum para rodar e pára pra ouvir a resposta vem. Um disco equilibrado, com  o peso na medida exata. Vocais rasgadíssimos, guitarras agressivas, baixo pulsante, batera, como sempre, raivosa. Representa muito bem a cena stoner não só de goiânia, como nacional. O amadurecimento, principalmente nos arranjos e melodias é palpável, levando a banda a outro nível. Recomendo a todos ouvir com atenção.





Overfuzz - Bastard sons of rock'n'roll (2015)

Sempre curti a carreira dessa galera, também, de Goiânia, e no mês passado tivemos a oportunidade de dividir o palco com esses malucos. Confesso que saí até meio torto da frente do palco quando o show deles terminou, e depois trocando idéia e tomando umas ganhei um presentão, o último disco deles. No outro dia coloquei no meu carro e fui dar um volta. A vibe da gravação me dominou, o disco foi gravado como uma "linha-do-tempo" então as músicas vão surgindo uma de dentro das outras, e se misturando, contando uma história mesmo, com altos e baixos. Uma verdadeira obra prima nacional, linhas de batera completamente chapadas, com um baixo sólido, fazendo cama pras guitarras estraladas fechando a magia desse power trio. Mal posso esperar pra ver os caras ao vivo novamente, enquanto isso vamos estralando o som com esse disco de excelente gosto.









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