segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Planejamento do Grito Rock em Minas Gerais





            Planejamento do Grito Rock em Minas Gerais



                               Durante a imersão do Fora do Eixo Minas em Sete Lagoas/MG,

que aconteceu no início de janeiro de 2011, o coordenador do Grito Rock Minas Gerais,

Lucas Mortimer (coletivo Pegada) contou um pouco sobre o planejamento do festival para

 esse ano no estado. Confere aí:























Entrevista: Verônica Boaventura
Imagens e edição: Michelle Parron

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Vida longa pra música uberabense

                     Gabriel (filho do Hildão ex-vocalista da banda Seu Juvenal) e Taciana Terra na lente do fotógrafo Hick Duarte curtindo um som no IV Novas Tendências




                            Estou aqui agora curtindo o disco novo do Accept (Blood of the Nations), o bom e velho heavy metal bem feito e que surpreendeu a todos em 2010, ao som desses alemães faço essa postagem.



                           Em uma quarta-feira, mais precisamente no dia 26/05/2010 publiquei a primeira postagem do Blog Rock Uberaba referente a banda “Os Poligonais” e sinceramente não sabia da repercussão que ia causar a postagem logo de impacto, comecei a ficar empolgado e vi que seria muito legal se eu conseguisse escrever um pouco do que aprendi nesses anos de rock’n’roll relembrando o que vivi com as bandas que eu toquei e toco.  E com  todas as outras bandas e músicos da cidade de Uberaba com os quais eu convivi e convivo ainda.



                         Durante esses anos fui  guardando fotos, flyers, fitas K7, filmei shows em VHS e hoje em dia faço a mesma coisa com as tecnologias e mídias modernas, com a ajuda dos amigos e integrantes das bandas o recheio do blog fica cada dia mais denso . Procuro lembrar sempre que posso do que aconteceu e ficar ligado no que está acontecendo e colaborar com o que vai acontecer, quando paro pra juntar o material fico viajando no tempo. Como já falei aqui, acabei conhecendo muitos músicos na cidade de vários estilos musicais e pelo fato de eu também ser músico isso fez com que eu sempre estivesse por perto das bandas, shows, festivais...



                        Eu vim de São Paulo e posso falar de boa de que quando cheguei aqui em Uberaba fiquei impressionado com a criatividade e o talento musical dos músicos uberabenses, e isso permanece até nos dias de hoje, tem moleque novo aqui na cidade que destrói em tudo quanto instrumento e tem sempre uma banda nova que surpreende. Logo depois descobri que isso rolava era no triângulo mineiro no geral, música autoral independente por aqui é uma constante em tudo quanto é ramificação do rock.




Renato / Maurício / Manu / BT / Zacca / Arthur / Tito



                           Com certeza esse meu  texto  é nostálgico pela  experiência que passei esses dias  junto com mais 3 malucos que considero como irmãos. Há 2 meses atrás eu, Zacca e Renato (Seu Juvenal) e Manu (Uganga) começamos a trocar e-mail e sugerir músicas que na nossa visão são importantes pra cena do rock uberabense, na boa, apareceram uma pancada em dias e nem cogitamos ficar lembrando de mais pela quantidade de composições  boas que temos por aqui das bandas.




                      Escolhemos 12 sons e fomos ensaiar no dia 29/12/2010 com a presença de mais um irmão, BT (John No Arms) que acrescentou em muito no projeto. Foi muito foda tocar no Favela Chic esse repertório com a banda Confector’s Project e de lambuja tocamos duas músicas que ouvi pra  caramba na adolescência  até os dias de hoje e que sempre tive vontade de tocar que foram “Iron Horse” (Motörhead) e “Crazy Train” (Ozzy Osbourne).



Confector's Project e Berne's



                   Foi uma união de amigos e bandas pra ficar na memória de quem estava por lá, a chuva no início até quis atrapalhar, mas o pessoal resistiu firme e forte do lado de fora, logo abriram-se as portas do Bar Favela Chic e o clima foi esquentando até que o pessoal da banda Berne’s,  “os anfitriões” da noite subirem no palco e mandarem  seu punk rock que vem amadurecendo a cada show que assisto.



                    Bem, chegou a hora da gente subir no palco, pensem, todos nós cinco da Confector’s Project  já subimos em palcos de festivais de responsa pelo Brasil com nossas respectivas bandas, mas nunca tínhamos tocado em um dos bares mais tradicionais da cidade justamente pelo fato de fazermos música pesada e autoral, mas dessa vez iríamos tocar cover como manda o figurino da casa, e optamos por fazer cover das bandas uberabenses, meu, isso é louco demais.









                            

                


Abrimos o show com a música “Deus é Neguinha” da banda D.O.T., vi muito neguinho na platéia lembrando do refrão: “Deus  é preto, Deus é preta, Deus é Neguinha”, pô voltei no tempo, daí já emendamos pra música “Reflexão” da banda Nuts que pode ser considerada a raiz da banda Uganga  como o Manu disse no show.








                              Na sequência Manu já pergunta: “Quem já foi no Rio Claro aí? Pô a gente ia mandar um clássico das antigas da banda Seu Juvenal,  composição do meu amigo Hilder Laudino pai do Gabriel na foto no topo, essa era a única que eu sabia tocar do repertório até dois dias antes do show. A platéia nesse momento mandou o refrão junto com a gente e formou a roda de pogo, pra mim foi muito emocionante, toco essa música desde 1998 e já faz um tempo que tiramos ela do repertório dos Juvenais. A música “Milenar” do Uganga foi a próxima e foi composta pelo Manu, Zacca e eu,  e me pareceu que o pessoal curtiu a versão que conseguimos fazer.   
                















                        















           A próxima do repertório a gente deu uma acelerada nela homenageando a bem humorada  banda uberabense Kretinu’s com “School is one hell”, o backing vocal do BT nessa ficou diretamente das profundezas do inferno. Pra alegria da família John No Arms, BT com sua presença de palco e seu vocal rasgado faz com que as pessoas da casa em uníssono  cantem  com ele o refrão da música John No Arms.              



                            
                      
                                  




























                 No ano de 1998 as bandas A.I.P. e Seu Juvenal ensaiavam juntas na Trincheira e Zacca nunca escondeu sua admiração pela música “Dia do Salvador” da banda A.I.P., inclusive o nosso amigo e vocalista Peron sempre dedicou a música pra ele quando tocávamos juntas as duas bandas. Até  esperamos o Peron no dia pra cantar essa música, mas com certeza o bicho tava pegando pra ele no trampo. Edinho “Zacca” não fez cerimônias e mandou a letra da música “Dia do Salvador” engrossando a roda de pogo que estava na frente do palco nesse momento.


                     Hahaha, assim já começa o nosso primeiro convidado no palco, Guilherme Diamantino (DCV, ex-Sapólio Rádio, ex-Cuspindo Maribondo e mais alguns projetos) cantando a música “Juventude Na Cabeça”  da banda “Sapólio Rádio” que foi um dos clássicos aqui em Uberaba na década de 90. Guilherme mandou bem pra caramba e nem ensaiamos nada desse som. O próximo som foi sem ensaio também, uma das bandas mais originais de Uberaba, a Nekrotério  sobe praticamente inteira no palco, Allan, Gabbe, Arroiz  + Confector's acabou saindo  Nekrofagia, isso, aquela mesmo “Beberei a noite inteira o seu sangue geladão”, foi foda, a platéia cantou junto de acordo.




                     Logo em seguida o Favela  vai abaixo quando o Manu anuncia a música “Americofobia” da banda Flanders e o Rafael (baixista da Flanders) sobe e divide os vocais com o Manu no melhor estilo Crossover, a gente curtiu pra caramba fazer esse som também \m/. A platéia pirou mesmo nesse momento. Resolvemos também fazer uma homenagem pra banda Dull Kids que teve um reconhecimento legal aqui em Uberaba sempre e dois integrantes (Marco e Raphael) Uganga também fazem parte dela e pra fazer a guitarra chamamos o Maurício (ex-guitarrista Uganga).  


            



























                    Pra fechar mandamos o Motörhead (Iron Horse) com o Manu no vocal e o Ozzy Osbourne (Crazy Train) com o BT no  vocal. Encerrando o repertório uberabense tínhamos mais uma cartada que até ficamos na dúvida se ia sair legal ou não pela diferença de vocais,  resolvemos mandar “O Céu” da banda Acidogroove e ficou  legal, já emendamos com uma levada final com a chamada do Manu: “Adivinha quem chegou lá de Uberaba?”, clássico do grupo de MC’s 3DFato que naquele momento foi representado pelo nosso amigo e irmão vulgo Puff “Capitão Caverna” no melhor estilo Cypress Hill encerrando a noite. Opa !!! Mais uma? O público escolheu Flanders e repetimos, a noite se encerrou com aquela pancadaria. Encerrou?

                Que nada, na formação trio Gabriel/Rafael/Caio, os próprios Flanders invadem o palco e fazem a festa  não perder o pique, tocaram alguns clássicos da banda e quando descem, a surpresa da noite, talvez a banda mais recente que temos de música autoral no momento aqui na cidade a Jack Boulevar’d  sobe no palco a pedido das tietes que estavam presentes no local e tocam a música Morfina. 






                        Bom parecia que não tinha mais bandas no local, quando ressurgida das cinzas depois de anos a banda Rascunho que hoje em dia tem  os seus integrantes morando fora  sobe no palco do Favela contrariando os fãs que estavam no local que queriam ver e ouvir  o repertório melódico da banda, e os caras ficaram mandando umas músicas que chegaram até a beirar o Black e o Death Metal ashaushaushuah, mas também já era a hora de  irmos embora, haja barulho. 


                           Palco do Rock, Novas Tendências, Confector’s Project, tivemos um final de ano de rock’n’roll farto, mesmo com a dificuldade das casas compreenderem que o som autoral pode ter seu espaço também, massa o que o Favela Chic e o American Classic Pub estão fazendo que é abrir o espaço pra bandas com som autoral também.


                           No dia 12 de dezembro abri o Jornal de Uberaba e deparei com uma nota na coluna bastidores do meu amigo Dr. Marco Túlio Reis (advogado, escritor, músico, compositor, fotógrafo....) Quem lembra da loja Miami Express que vendia vinis na praça Rui Barbosa? Pois é, era o Dr. Tulio que aplicava e vendia  os LP’S  nessa loja. Valeu pela nota no jornal Tulio, só não acho que eu seja o capo do Seu Juvenal, aí fica muito "mafiosa" essa história, hehehe, somos democráticos na banda.



                  

                         Tenham um bom início de ano  e quero dizer que já consegui juntar mais um material bem legal pra postar aqui, aguardem.


                          Fiquem com a Confector's Project + Guilherme (DCV) mandando a música "Juventude na Cabeça" da extinta banda uberabense Sapólio Rádio, viva o rock que sempre nos deixa mais jovens, afinal de contas "A juventude é na cabeça, amigo !!!!"