sexta-feira, 14 de março de 2014

Entrevista: A volta da banda DCV no show do Matanza































Nesse sábado 15/03/2014 no Spasso Buffet terá show da banda carioca Matanza e ainda a volta da banda uberabense de Punk Rock DCV. A abertura fica por conta da banda Kromun tocando clássicos das bandas Metallica e SOAD.
Como o intuito aqui é rock autoral uberabense, fiz uma pequena entrevista com o vocalista Guilherme Diamantino sobre a volta da banda DCV.

Diamantino (vocal) / Kaka (baixo)



TITO: Aê Diamantino, beleza? Conta aí como e quando a banda DCV foi formada e porque o nome da mesma?

DIAMANTINO: diga lá Tito, o aríete do Rock uberabense…..
Cara a banda foi formada em 2002, se não me engano, eu tinha desistido de ter bandas, já me achava velho pra esse tipo de coisa. entretanto continuava com vontade de tocar e tal. Aí juntamos eu e ZéGé (guitarra e voz/batera) apenas pra tocar uns covers de Replicantes e punkrock 80 em geral.
Acabou que não me aguentei e voltei a escrever letras e compor músicas. logo estávamos armando shows e eu disse que seríamos os Dois Caras Velhos - DCV.

TITO: Após mudanças na formação durante esses anos o que levou o encerramento das atividades da banda por um tempo?

DIAMANTINO: O DCV teve 9 formações antes da pausa. Uma banda, 9 formações e 23 nomes kkkkkkkkk
Eu enchi o saco, foi isso que fez a gente parar. Acho que não estava me dando prazer e como nunca deu dinheiro, resolvi parar. Na época eu estava mais me chateando com meus amigos de banda do que curtindo, aí preferi a amizade deles do que a banda. Creio que amizade vale mais.


TITO: Fiquei sabendo da volta da banda por esses dias. Qual a nova formação? E quais os planos da banda pro ano de 2014?

DIAMANTINO: voltamos meio sem compromisso e de cara apareceu um show de bobeira tbm. Depois do retorno do eterno baterista, fundador ZéGé não animou mais, aí convidamos o Caio Punk HC, o baterista mais praguinha do punkrock uberabense (risos), para assumir as baquetas.
Estamos com planos de fazer umas músicas novas e uns shows que aparecerem, sem stress, sem grilos, tudo na manha, tranquilo.


TITO: Após um tempo sem fazer apresentações ao vivo, qual a expectativa de tocar no mesmo dia que a banda carioca Matanza no dia 15/03 em Uberaba?

DIAMANTINO: O DCV tocará depois deles (!?). O show do DCV sempre foi muito legal, divertido e rápido. Acho q será assim: rápido, rasteiro e divertido, muito divertido, apresentaremos 2 ou 3 músicas quase novas. Quase novas porque já eram músicas que o DCV antes da pausa ensaiava.


TITO: A banda DCV continuará trilhando na linha do Punk Rock, ou podemos esperar mudanças?

DIAMANTINO: O DCV sempre foi pop demais pros punks e punk demais pros pops, seguiremos assim. A entrada do Caio acelerou um pouco mais algumas músicas, se pro bem ou pro mal a galera que nos dirá.
Mas o esquema é o mesmo.



TITO: O que você pensa sobre a cena Punk Rock brasileira hoje em dia? E quais bandas você curte atualmente?

DIAMANTINO: Cara, não sei falar sobre a cena punk rock hoje em dia, mas o rock em geral teve uma revigorada, um respiro. Creio que estamos morro acima e nessa onda tudo que é rock vai subir novamente.
Eu só ouço “coisas esquisitas”, é o que eu mais escuto das pessoas. De punkrock novo a banda que eu tenho ouvido mais é de Portugal, os Punk Sinatra de Lisboa.


TITO: A produtora Sapólio Rádio capitaneada por você junto de sua equipe está apoiando e divulgando artistas locais. No que se refere a cena rock, o que pensa do rock feito na cidade e o que podemos esperar de lançamento da Sapólio pra esse ano?

DIAMANTINO: Não só locais, mas só apoiamos artistas autorais. Esse ano será uma festa heheheheeh teremos vários lançamentos, todos em vinil. 
Seu Juvenal - Rock Errado, que tive a honra de ir, ao seu lado, ilustre baixista, ver e até dar pitacos na gravação. Acho q será um disco histórico, pra gente, pro Seu Juvenal e pra Uberaba.
Uganga - Opressor. Nós lançamos o Eurocaos do Uganga, gravado ao vivo na alemanha, mas não estamos muito mais acreditando no formato cd, então a banda nos chamou para fazermos um bolachão.
Canastra - Confie em mim. Seguindo o lançamento do CD de mesmo nome, também lançado pela Sapólio, vamos relançá-lo em LP.



Bom o Guilherme encerrou por aqui a entrevista porque estava muito ocupado e convidou todos os rockeiros uberabenses pra curtir um som amanhã no Spasso Buffet. Valeu pela entrevista mano. Eu deixo vocês com um clipe das antigas da banda DCV "Ainda te tenho" de 2007:

Tributo a banda The Beatles no Black Jack



Nesse sábado 15/03/2014 à partir das 22:00 o Black Jack Rock Bar receberá a banda "The Black Jacks" fazendo um tributo pra banda inglesa "The Beatles"

O Black Jack "Rock Bar" fica na rua São Sebastião, 15
Informações: (34) 3321-5695

Deixo vocês com uma das músicas que mais gosto dos Beatles:

11º Aniversário do Favela Chic





















Nesse final de semana sábado dia 15/03/2014 à partir das 23:00, os rockeiros uberabenses estão convidados a comemorarem o 11º aniversário do bar Favela Chic.
Vai rolar caipirinha na faixa pras 100 primeiras pessoas que chegarem.
O som fica por conta das bandas uberabenses b4 e Virginia Takay tocando muito rock'n'roll.
O bar Favela Chic fica na Av. Santos Dumont, 2039
Informações: Priscila (34) 8838-1932


bquatro



Virginia Takay

segunda-feira, 10 de março de 2014

Na Sala do Coringa: Bode Preto




















       Ao som do disco Beneath The Remains (Sepultura),  que pra mim é um álbum dos mais fudidos do thrash... que inicio mais uma postagem. Em Novembro de 2013 convidei o Manu (Uganga) pra bolar um espaço pro blog com bandas que não fossem de Uberaba no intuito de que os rockeiros uberabenses possam conhecer outras bandas autorais, ele topou e batizou o espaço de: Na Sala do Coringa.

       Eu, numa correria violenta nesse início de ano, com trocentas coisas que invento pra fazer, já deveria ter postado essa entrevista e ter feito outras matérias, mas tamo aí de volta no corre e deixo vocês com meu chapa "Joker" que fez uma entrevista muito legal com Josh S. da banda BODE PRETO de Teresina/PI.




Entrevista – Josh S. (Bode Preto)
Por: Manu “Joker”Henriques

1) Salve Josh! Em primeiro lugar parabéns pelo trabalho do Bode Preto, o som de vocês é foda!  A banda foi formada em 2009 ainda como trio e com essa formação vocês lançaram o EP “Dark Night” (2010). Fale um pouco sobre essa fase e porque somente você ficou dessa formação:

Josh S. : Saudações Manu, muito obrigado pelas palavras e pela oportunidade de trocar uma idéia com você. A gente começou  comigo na guitarra e voz, Pablo Erickson no baixo e Júnior Oliveira na bateria. Fizemos alguns shows por aqui e Fortaleza, e em 2010 gravamos o Dark Night. A iniciativa de montar a banda veio da minha parte, porque já vinha de outras bandas e não ia nem vou parar, convidei os caras e já tinha em mente como seria o som e tudo mais que queria desenvolver. Em 2012 comecei a trabalhar pra fazer o debut e nessa época os caras não separaram tempo pra desenvolver suas partes, então tive que trabalhar sozinho.



2) A sonoridade de vocês é crua e com um claro feeling anos 80, tanto black/death quanto hardcore. Quais são as principais influências do Bode Preto?


Josh S. : Obviamente tudo que a gente passou e passa na vida reflete no que fazemos, mas falando mais especificamente de influencias sonoras, pra mim tem a ver com a atmosfera que se cria com o som e o que está sendo expressado através da musica, imagens, etc. Posso citar bandas como Possessed, Cryptic Slaughter Beherit, Sarcófago, Bathory, Agathocles, Hellhouse…







3) Excelentes referências , Cryptic Slaughter é uma das minhas bandas preferidas também! Bom, recentemente vocês lançaram o segundo trabalho “Inverted Blood” (2013 - Läjä Recs / Deathnoise Prod.)  já como dupla tendo nas baquetas o  Adelson Souza (The Endoparasites, ex-Grave Desecrator). Como se deu a parceria de vocês e o processo de composição do novo trabalho?

Josh S. : Pois é, continuando a resposta da primeira pergunta…rss. Quando me vi trabalhando sozinho no que seria o debut, por um lado foi chato pois é mais trabalhoso pensar nas partes de todos os instrumentos, mas por outro foi muito bom e pois podia desenvolver tudo junto em um sentido bem claro, não definido, mas claro. Em 2011 eu estava com um kit de bateria aqui no meu home studio, então tentei tocar o básico na bateria pra gravar demos, consegui gravar 12 faixas e assim pude ter uma noção de como elas poderiam ficar. No início de 2012 comecei a conversar com o Adelson pela internet, sobre essas demos e de como eu estava trabalhando, ele se interessou em ouvir o material, passei pro mp3 e a partir daí começamos a cogitar a idéia dele desenvolver as batidas e gravar a bateria. Ele escutava as demos 30 vezes ao dia e acabou dando certo ele vir passar 7 dias aqui na minha casa, ele dormia no estúdio perto da bateria. Nós aproveitamos muito o tempo que ele passou aqui pra tocar o máximo, gravar material e fazer as fotos.



4) Da hora, mesmo com a distância vocês se ajeitaram. Há pouco vocês tocaram em São Paulo no Festival Profana Aliança Nacional tendo além de Israel Ferrão no baixo a presença do meu chapa Fábio Jhasko (ex-Sarcófago) na outra guitarra. Podemos entender essa como a atual formação do Bode Preto ou ainda são uma dupla? Como foi esse evento para vocês?

Josh S. : Na época da gravação do Inverted Blood o Adelson me perguntou o que eu achava de ter uns solos do Fábio no disco, na hora eu falei “claro” e fui nos meus discos escutar o Laws of Scourge e Crush Kill Destroy na mesma hora. Com isso a gente também foi se comunicando de longe, ele gravou os solos em São Paulo, onde mora. Logo quando foi lançado o disco eu entrei em contato com o Ferrão, por ter visto uns videos dele tocando guitarra, vi que o cara era tranquilo e muito talentoso então convidei pra tocar ao vivo com a gente, ele pegou todos os sons na guitarra e deveria ser o guitarrista solo numa possível tour que foi pelo cano, mas como fomos convidados pro P.A.N. na mesma hora tentamos convencer o Fábio a tocar ao vivo com a gente. Por isso o Ferrão foi pro baixo pra esse show, nos encontramos alguns dias antes, fizemos 3 ensaios de 4 horas em São Paulo e o show. As imagens do clipe são exatamente desse evento. Na verdade depois desse corre em SP vimos o quanto é difícil trabalhar à distância, sobretudo por causa dos gastos, então agora continuo desenvolvendo o Bode Preto como posso e o Adelson está como um conselheiro de longe, o primeiro material que produzo dessa forma é esse vídeo. 





5) Até pouco tempo atrás você estava morando na Europa e pelo que me consta tinha uma opção de banda de apoio por lá e outra por aqui. Como está essa parada? Você voltou para Teresina?

Josh S. : Cara, desde 2003 eu vou pra Europa a trabalho (trilhas pra peças de dança e teatro físico), sempre passando alguns meses por lá e voltando, trabalhando aqui no Brasil também. Ano passado eu iniciei um curso dividido em segmentos, em Amsterdam, então devo ficar indo e voltando até 2016. Quanto a ter banda por lá, nunca montei, mas no futuro isso pode acontecer. No momento estou em Teresina trabalhando em músicas pro segundo álbum, mas com calma e sem pressa.



6) Estando de volta ao Brasil como você tem visto a cena metal nacional nos dias de hoje? Podemos esperar por mais shows do BP por aqui?

Josh S. : No momento não estamos pensando em shows, mas espero tocar mais. A cena metal nacional na verdade são muitas cenas que se comunicam entre si por alguns canais, sempre vejo pessoas se deslocando pra assistir shows no underground e também pra tocar. Também tenho visto materiais serem relançados de forma muito interessante, coisas que só tinham em fitas agora em vinil e CD. Como o material do Necrobutcher,primeiras demos do No Sense e Obskure, a demo Dualism do Amenthis. E ainda também materiais com relançamentos mais completos, como Impurity  e os discos do Mystifier e Grave Desecrator por exemplo. Vejo essas bandas sendo convidadas pra shows e tours e respeitadas em outros países tanto da Europa e EUA quanto da America do Sul. Um exemplo também é o Disgrace & Terror de Belém que encontramos em SP, os caras em tour no sudeste e sul do país. Muitos selos lançando bandas novas e a internet ajudando nos contatos de quem está interessado em se comunicar. Eu trocava muitas cartas na época do Monasterium, hoje em dia é muito mais rápido e barato, mas ainda mando encomendas de materiais e algumas cartas pra pessoas mais próximas.



7) Josh como você sabe esse blog é daqui do Triângulo Mineiro e como sei que curte bastante a cena do nosso estado, em especial a safra dos anos 80, gostaria que falasse um pouco sobre como teve contato com o metal mineiro e quais discos mais te marcaram:

Josh S. : As bandas de MG influenciaram não só o Brasil, mas o underground mundial. A coisa mais importante é ter existido essas bandas e terem sido registradas na época. O primeiro contato foi com os discos da Cogumelo, obviamente o Sepultura já se destacava em termos de popularidade. Os discos que mais gosto são todos do Sarcófago (o Worst eu não ouvi muito), Sex Trash (Sexual Carnage, Funeral Serenade e o EP XXX), Impurity - The Lamb’s Fury, Holocausto - Campo de Extermínio, Mutilator - Immortal Force, Atack Epiléptico - Convulsões E Distúrbios Da Consciência, Expulser - The Unholy One. Mas também tinha contato com várias bandas que trocava demos. A primeira demo do Silent Cry, Misbeliever, Intelectual Moment, Agonize Death, Loucyfer, Calvary Death, In Memorian. O disco do Monasterium foi lançado por uma selo mineiro (Demise Recs.). Em 99 toquei em BH, no Insanity (Fortaleza)substituindo o guitarrista deles numa tour, nessa época pudemos viajar pelo interior numa van o que me deixou muito impressionado com as paisagens. Depois disso fui outras vezes a BH, fui num ensaio do Preceptor, e passei na Cogumelo pra comprar uns discos em 2010.























8) Agora falando de música em geral, o que você tem ouvido?

Josh S. : Escuto muito Black Sabbath cara, hehehe direto. Também o Ad Baculum - Blackness Doctrine, que acho fudido demais. Mas também gosto de outros tipos de música além do Metal. Tenho escutado muita música clássica, basicamente uns discos das composições pra piano de Schumann. Acontece que eu estava sem agulha no meu toca discos, e um amigo viajou e deixou o dele aqui, então tenho ouvindo meus discos. D.R.I., Pungent Stench, Inferno (Alemanha), Rövsvett…



9) Mano Black Sabbath é vida cara (risos) ! Apesar do lançamento recente de “Inverted Blood” você já está trabalhando em músicas novas? Quais os planos do Bode Preto para 2014?

Josh S. : Tenho algumas músicas estruturadas aqui, gravei demos pra desenvolver e pra escrever as letras. Como falei, com calma e sem pressa. Em 2014 temos previsto pra abril o lançamento do Inverted Blood em vinil pelo selo alemão Unholy Prophecies. Também deve ser lançado em LP no Brasil ainda esse ano e o Dark Night em vinil de 7” também na Alemanha pelo selo de um velho parceiro de bandas, Winter Prod.



10) Da hora, boa sorte nesse corre! Bom é isso irmão, muito obrigado pela entrevista e o espaço é seu para finalizar como quiser, abrax!
Josh S. : Manu, imensa honra pra mim responder essas questões, e ter esse contato com você. Falar só que sempre existem várias formas de ver a mesma coisa ou situação e agradecer pelo espaço e interesse. Grande abraço!


links: 








Entrevista realizada por Manu ‘Joker’ Henriques, vocalista do Uganga e ex-baterista do Sarcófago, gravou o disco Rotting de 1989.




Valeu Manu, muito boa a entrevista !
Deixo vocês com o novo clipe da banda Bode Preto "The Erection of the Cross" que eu curti pra caramba, valeu Josh S. pela entrevista, o blog "Rock Uberaba" agradece.