segunda-feira, 31 de maio de 2010

Kaostrofobia


                       Foto: Lukão, Syd, John, Peron e Mizac  (1989)


                       Para começar a falar da década de 80 começarei pela banda que fugiu do estilo metal que até então era o que rolava na cidade. Podemos dizer que a banda Kaostrofobia foi a primeira banda punk rock que surgiu na terra do zebu. Nessa foto temos integrantes da banda panfletando no mercado municipal em frente ao famoso bar do Braz no dia 07 de setembro e juntamente com Diamantino (atualmente na banda DCV) e Renata intitulavam o movimento de anarcopunk de Uberaba.

Mizac Limírio (guitarra) / Luciano Bittencourt (vocal) - julho de 1990
                 
                       Em 1988 Luciano Bittencourt conhecido como Syd, vocalista, compositor, atualmente jornalista (ex-Kaostrofobia, ex- Os Donátilas Rosários, ex-Larica Existencial e ex-Seu Juvenal) juntamente com Mizac (guitarrista e artista plástico atualmente) e Zé Gé (atualmente baterista da banda DCV) formaram a banda "PODRES DE UTOPIA", faltando um baixista para o posto como o próprio Syd define em um texto: " pois não conhecíamos ninguém que tocasse o instrumento, gostasse de punk rock e tivesse um equipamento para ensaiar".




                       No ano de 1989 Lukão substituiu Zé Gé e finalmente conseguiram um baixista ficando o posto para Sandrão Goiabada e mudaram o nome para Kaostrofobia, as influências eram Extreme Noise Terror, Brigada do Ódio e Crude SS. Por isso, se intitulavam como hardcore noise, hoje denominado crust punk. Músicas inaudíveis de 3 a 15 segundos. Fora o baixo - que passou na mão de dezenas de pessoas -, o trio Luciano-Lukão-Mizac sempre esteve à frente da banda, que terminou em 1994, depois de muita polêmica em apresentações, encontros e outros eventos.




                       Eu vi uma apresentação da banda no final do ano de 1991 na antiga UEU onde é o Codau hoje na Governador Valadares e posso dizer que foi umas das apresentações mais punks que já vi na vida, muito tosco e nervoso como deveria ser mesmo.




                       Os integrantes levavam ao pé da letra a filosofia do "punk gonzo" e na metade da década de 90  a banda passou a ficar sem espaço para tocar, Syd encerra em texto o final da banda  "a idade avançava proporcional à responsabilidade, partimos em busca de outros caminhos". E assim a banda foi a pioneira para as bandas autorais de punk que viriam na década de 90, eu mesmo entrei na banda Seu Juvenal quando o Syd dividia os vocais com Hildão (ex-Seu Juvenal).


                       Em um texto da trama virtual Syd deixa uma observação:  Eu perdi minhas antigas fitas K-7, por isso se alguém tiver algum registro,  por favor entre em contato! Para quem ficar curioso do que se tratava o som dos caras colocarei aqui a música Charada Cética 2 que se transformou em "A Resposta" música de Luciano Bittencourt que fez parte do primeiro cd da banda Seu Juvenal de 2004 intitulado "Guitarra de Pau Seco".


                      Para os amantes do punk rock e HC uberabense fica aí registrado o momento em que o estilo deu os seus primeiros passos.





                      DOWNLOAD da música "Charada Cética 2" (Luciano Bittencourt/Kaostrofobia) intitulada de "A Resposta" com a banda Seu Juvenal http://www.4shared.com/mp3/00y3bvgb/Seu_Juvenal_-_A_Resposta.html

domingo, 30 de maio de 2010

Anos 80




Kreddo - Marco Aurélio, Ricardo Rosetti, Joãozinho e Geraldo (Melado) - Praça da Mogiana


               Após uma apresentação dos primórdios do rock uberabense com Os Poligonais e Os Mugstones já passarei para os anos 80, Rock in Rio, heavy metal... aqui em Uberaba não poderia ser diferente, a maior parte das bandas, são bandas de peso como a banda Kreddo (foto) capitaneada pelo lendário Joãozinho (baterista e vocalista na época) sendo a pioneira tocando heavy metal tradicional na cidade. Na década de 80 as bandas Krofader, Angel Butcher, Scória, Alkimia, Odd Melody, FOG, Kaostrofobia (punk rock), Lizzard e Halley, também foram muito importantes pro cenário roqueiro da cidade... O rock autoral em Uberaba explodiu em 90, aí já falo pra vocês que o material é extenso devido a grande quantidade de bandas e também pelo fato de eu ter me mudado pra cá no mesmo ano, aí sim acompanhei tudo de perto.

sexta-feira, 28 de maio de 2010

O Retorno do Arraial da Farinha Podre 3





                         29/05/2010 às 21:00 no Aero Bar (Dom Porkito) show com as bandas:

NOFX (Cover) - banda formada por músicos uberabenses realizando tributo pra banda NOFX


HERESIA - banda da nova geração uberabense formada por: Koelho (vocal),Rodrigo Pisk (guitarra), Lineker (baixo), Gleisson (bateria)





ANGEL BUTCHER - Banda mineira que traz 23 anos de experiência, formada por:  M. "Joker" (bateria     e vocal), Maurício "Desecrator" (guitarra e vocal), T.I.T.O. (baixo) www.myspace.com/angelbutcher



CNA(Continuamos Não Aturando) - Formada em março de 2008 na cidade de Uberaba.www.myspace.com/continuamosnaoaturando
                                                                                                                                                                                       




                                                                                                                                                                        













quinta-feira, 27 de maio de 2010

Os Mugstones

         
          Como já disse a banda Poligonais anos mais tarde passou a se chamar Os Mugstones e tocaram pelo Brasil afora, sendo uma banda de "sucesso" pra época. Deixaram resgistrado um vinil e dois compactos simples.
          Conjunto de rock formado em meados da década de 1960, no auge da febre da Jovem Guarda. Contratados pela gravadora Polydor, lançaram o primeiro disco em abril de 1967, um compacto simples com as músicas "A grande parada", de Fernando Adour e Márcio Greyck, e "Sozinho eu seguirei". No mesmo ano, o conjunto lançou o LP "Os Mugstones" no qual interpretou as músicas "O sole mio", de Di Capua e Capurro; "Minha bonequinha", de Luis Silveira e Victor Hugo; "Toma pega leva", de João Luis; "Gente maldosa", de Glauco Pereira e Fernando Pereira; "Calcei sapatos novos", de Nazareno de Brito e Geraldo Figueiredo; "Tema dos Mugstones", de Luis Silveira e Márcio Vieira; "Era um garoto que como eu amava os Beatles e os Rolling Stones (C'era un ragazzo che come me amava I Beatles e I Rolling Stones)", de Lusini e Migliacci, e versão de Os Incríveis; uma seleção de polcas com "La bostella", de S. Ditel e H. Bostel; "Liechtensteiner polka", de Kotscher e Lindt, e "Asa branca", de Luis Gonzaga e Humberto Teixeira; "O homem da luz vermelha (Tracy's Theme)", de R. Archor; "Na onda do meu bem", de Getúlio Macedo e Darci Muniz; "A grande parada", de Fernando Adour e Márcio Greyck, e "O homem do braço de ouro (Delilah Jones)", de S. Fine e E. Bernstein. Ainda nesse ano, a interpretação do conjunto para a música "A grande parada" foi incluída no LP "Os novos reis do iê-iê-iê - Vol III!" da Polydor. Em 1968, o grupo foi contratado pela gravadora Continental, onde gravou seu último disco, um compacto simples com as músicas "Jovem demais", e "Quando a saudade apertar", de Carlos Roberto. Pouco depois, com o movimento da jovem guarda já em declínio o conjunto acabou se dissolvendo. O maior sucesso do conjunto foi a música A grande parada", de Fernando Adour e Márcio Greyck.

            Discografia:




- A grande parada/Sozinho eu seguirei (1967) Polydor / Compacto simples


- Os Mugstones (1967) Polydor / LP


- Jovem demais/Quando a saudade apertar (1968) Continental / Compacto simples
 
 
      Colocarei aqui o LP de 1967 para download
    





                                                    01 - o sole mio


                                                    02 - minha bonequinha

                                                    03 - toma pega leva

                                                    04 - gente maldosa

                                                    05 - calcei sapatos novos

                                                    06 - tema dos mugstones

                                                    07 - era um garoto que como eu amava os beatles e os rolling stones

                                                    08 - seleção de polcas

                                                    09 - o homem da luz vermelha (tracy´s theme)

                                                    10 - na onda do meu bem

                                                    11 - a grande parada

                                                    12 - o homem do braço de ouro
 
                                                  http://www.mediafire.com/?5u5xv506oucxkh3




Compacto disco

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Os Poligonais

       Para começar a falar da música independente da terra do zebu, nada mais justo do que apresentar a banda mais antiga que tenho em mãos do rock Uberabense. Consegui um vinil deles do ano de 1966 que contêm a música "Sem teu Amor" música de trabalho na época. Na contra capa do vinil lemos estes dizeres:
Os Poligonais que dispensam apresentação, pois lá em Uberaba, capital do zebu, eles plantaram as sementes do Iê-Iê-Iê e colheram os mais retumbantes sucessos, transformando a cidade em "capital da música da jovem guarda" no interior do Brasil! Nesta época em que a juventude e a mocidade dominam a música popular, podemos dizer que os poligonais chegam na sua "Jangada" (um chevrolet moderno e possante, a cidade visitada fica em pé de guerra, agitação incomum e explode de entusiasmo! Em todas as cidades da região, "os cabeludos de Uberaba" provocam desmaios... as meninas gritam, gesticulam, pedem bis, exigem autógrafos! Jovens músicos que aderiram de corpo e alma ao novo estilo, roupas extravagantes, cabelos longos e soltos. O baterista Bazani é o band leader e fundador dos Poligonais, seu mano é Laerte, o senhor do piston. O galã da turma é o Márcio, o Pardal é o solista da guitarra, o mais exótico de todos, Luizinho pinta e borda com sua guitarra mágica, no baixo Luizão e no sax José Raul. Sete diabos em figura de gente, ou melhor em figura de música, moderna e embriagadora. (A.G.Netto - cronista).
      Anos mais tarde os Poligonais viriam a se chamar Mugstones como Luizinho em uma entrevista nos conta com suas palavras: Estávamos gravando em São Paulo e o Glauco Pereira, que era empresário e tinha acabado de gravar o Ronie Von pela Polidoro, viu a gente tocando em uma boate de São Paulo e nos levou para o Rio de Janeiro e colocou o nome de Os Mugstones. Na época tinha um boneco, que o Wilson Simonal havia lançado, o Mug e o Glauco Pereira, que lançou Os Poligonais no Rio de Janeiro, resolveu colocar o nome os Mugstones. Por isso, lá em Minas, o pessoal me chama de Luizinho Mugstones por causa da banda. Apresentada a banda Poligonais e em uma próxima postagem falarei da banda Mugstones, que deixou sua marca no rock uberabense.