segunda-feira, 13 de junho de 2011

Seu Juvenal (2ª Formação)

Essa postagem será referente a 2ª formação da banda Seu Juvenal (1997)
Desenho: Renato Zaca / 1997

Link da primeira postagem Seu Juvenal:




              Seu Juvenal tocando a música "Campanha da Fraternidade" (Igarapava/1997)      


                                             


                              Em novembro de 1997 com a saída do vocalista Sid da banda, voltamos a ser um quinteto. Os ensaios aconteciam na rua Almirante Barroso (Fabrício) “Local do Caos e do Barulho” como definia sempre o próprio dono do local, meu saudoso e emburrado amigo, o baixista Juliano (RIP). Foi uma das épocas em que a banda Seu Juvenal mais ensaiou. Em pouco tempo com tantos ensaios eu até consegui criar algumas percussões nas músicas.


                                          Essa formação ficou bem marcada e tocamos em alguns festivais ganhando algumas premiações com a música “Caixeiro Viajante”,  ganhamos mais uma guitarra em um festival na cidade de Igarapava/SP que acabou se convertendo em uma bateria nova  pro Renato.






Tito / Juliano / Renato / Hilder / Edinho (Igarapava - 1997)




Nesse dia tocamos com as bandas uberabenses Baltazares e Spirit House. 
foto: Renato (Seu Juvenal) / Marcinho (Baltazares) - 97








Nesse video temos a banda Seu Juvenal / Adriano "Lóki" /  Leonardo Boloni / Zoreya / banda Baltazares e fica como uma homenagem ao nosso eterno amigo e companheiro de banda Juliano Roberto "Sebastião" (RIP) .





                      No dia 16/11/1997 aconteceu o “Encontro da Geração Desemboque” na antiga Fundação Cultural situada no pátio da Igreja São Domingos que posteriormente ganhará uma postagem especial  com relatos das pessoas que participaram. Consegui  recuperar um VHS nosso totalmente perdido nos fungos ouro pretanos que nos mostra um pouco do que aconteceu no dia.








          Encontro Movimento Geração Desemboque 1997



































                                            Tudo estava caminhando bem com a banda,  até o dia em que fomos chamados pra tocar em um festival no bairro da Abadia em um galpão de nome “Millenium”. O que aconteceu foi que desde a hora que eu saí com o Juliano da casa dele, que invernamos no conhaque e chegando no local compramos mais um litro, só que esse ele bebeu praticamente sozinho. Depois de muita demora por parte das bandas de heavy que tocaram no festival, eis que a banda Seu Juvenal surge no palco.




                                                          Lembro de ajeitar os bongôs, atabaques, surdo, pratos... 1 2 3 começa a primeira música, agora nem lembro que música que foi ou quantas foram depois da primeira de tão alto que eu tava também. Mas como concentração no palco é natural, comecei a não escutar um instrumento, depois a voz e aos poucos a aparelhagem foi sendo desligada pelo técnico e a gente continuando a tocar, até que vejo Juliano arrebentando seu Ibanez “top de linha” no chão sem dó cara, numa ira violenta, depois já vai pro lado da batera e puxa ela pra frente, sobrando o Renato no banquinho,  a batera era da banda “Suffer Mass”,  o cara ficou irado e todos ficaram irados com razão, e na verdade o resto é lenda rsrsrsrs. Tivemos que colocar o Juliano com seu baixo quebrado e seus amplificadores em um táxi, ele no mesmo dia já comunicou pra banda que não queria mais tocar, o que no meu ponto de vista foi desperdício, pois se tratava de um grande instrumentista e compositor de riffs.


Juliano




                                 Eu tava na maior fissura de ser o segundo guitarrista da banda e deixar as percussões, e com o próprio Juliano eu já tinha aprendido a tocar as músicas na guitarra fazendo a base. O instrumento que  mais gosto de tocar até hoje é o baixo, lembro como se fosse hoje, eu morava na rua Tiradentes (Fabrício) e no outro dia os irmãos Zacharias foram na minha  casa me oferecendo a vaga do Juliano pra tocar o baixo, não pensei duas vezes, aceitei e to aí há 14 anos com eles na saga juvenalística.


"Trincheira  43" no ano de 1999 (Zacca / Peron / Kiko / Malufão)



                             Com a saída do Juliano da banda perdemos também o local de ensaio, o Zacca na época foi morar com dois integrantes da banda uberabense A.I.P., o Kiko e o Peron. Assim nasceu a república “Trincheira 43”  na rua Araguari (bairro São Benedito), onde passaram a ensaiar as bandas Seu Juvenal  e  A.I.P., eu não tinha mais baixo na época pra ensaiar, muito menos dinheiro pra comprar um, devo ao Fredinho (Acidogroove/ex A.I.P.) a  gratidão por conseguir ensaiar com o seu baixo emprestado até conseguir comprar outro.


      Em 1998 as músicas “Rio Claro” e “O Encontro do Chevrolet 55 com a mulher do Zé do Caixão”  da primeira demo “Cyber Jéca no Sertão da Farinha Podre”  passam a fazer  parte da coletânea paulista “Source Bands In Collection” da gravadora Star Music , a banda Ganga Zumba também participou da coletânea com duas músicas. Colocarei o CD na íntegra pra download  no final. 







Seu Juvenal (Trincheira 43 / 1998)






                      Nessa fase a banda ficou como quarteto por pouco tempo até a entrada finalmente de um segundo guitarrista, e agora era preciso, porque o Juliano tocava o baixo com palheta e distorção e eu já curto som mais grave. O Edinho nos comunicou que tinha um cara mais novo que tocava em uma banda que chamava Oz Latas e que curtia o lance de fazer música própria, o nome do cara: Léo Brasil, e inclusive por coincidência aparecerá aqui na postagem no vídeo da Geração Desemboque com o violonista Carlos Walter e o ator de teatro  Kleider Risso sem mesmo imaginar que ocuparia uma vaga na banda um dia. Paro por aqui com a entrada de Léo Brasil em 1998 dando  início a 3ª formação da banda Seu Juvenal que durou até o ano de 2000 com a entrada do meu irmão Arthur Tito Mota no trompete e ficará para uma próxima postagem.


Léo Brasil
                                  

                                                             

Kleider Risso / Léo Brasil








DOWNLOAD CD "SOURCE BANDS IN COLLECTION":











“Valeu Juliano, você deixou seu trabalho registrado com as bandas P.B.K., Neurônios e Seu Juvenal. Quem te conheceu sabe que você merece ser homenageado aqui,  porque você fez e faz parte da história do rock uberabense, e outra cara, você foi o primeiro e talvez o único que teve a manha de quebrar um instrumento caro no palco aqui na cidade de Uberaba, no melhor estilo rock'n'roll, provocando o caos no local, é o tipo de coisa que fica registrado eternamente, fica na paz por aí.”
                         
Do planeta terra, seu amigo Tito 






9 comentários:

  1. Que massa esse texto, lembro bem dessa época, da coletânea onde sairam as 2 bandas, dos amigos que ainda estão aqui e dos que já se foram ! A todos vcs ergo minha taça! Cheers motherfuckers!
    Manu (Uganga)

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  2. porra Tito.. muito foda isso ae... eu tive o prazer de conhecer o Juliano.. [cara doido d+] rsrs mas como vc disse... fez parte da historia do rock uberabense...

    essa coletanea ae eu tenhu.. originalzona!! muito foda!!!

    valew!!!

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  3. que foda titão. as filmagens do juju são figura demais, o hildão falando: esse negódi filma é bão demais foi o melhor mano.
    e o encontro da geração muito emocionante cara. do caralho essa fita. embaixo dos fungos sobrou muita coisa cara.
    bão demais.

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  4. ae Titão!! realmente suas imagens dizem mais que 1000 palavras. E explica um pouco o porque que os Juvenais continuam seu caminho até hj. A gente carrega uma galera quando a gente toca .. carrega uma época e uma cidade. E ao mesmo tempo nunca ficamos presos ao que fizemos .. sempre pensamos no amanhã, em novas idéias, novos sons, novas atitudes. Isto trás um estranhamento inicial normal do público. Mas era assim em 1997 e continua assim em 2011. Este jeito mutante da banda é de suas principais características. E ver o nosso quarto de ensaio na casa do Juliano no Fabrício .. ver a gente pirando em Igarapava todos com cara de moleque .. ver as cenas do encontro da Geração Desemboque que a gente ralou muito pra conseguir fazer .. enfim .. emocionante cara .. te agradeço profundamente este resgate irmão Doutor Alexandre Titôsco From MódisFucker to Hell!!!!!

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  5. Manu lembro que você estava junto com o Malufão no dia do encontro da geração desemboque. A coletânea foi legal pras duas bandas e penso que foi um estímulo pra nossa correria até nos dias de hoje, fala aí?


    Arroiz o Juliano foi um cara doido até no último minuto da vida dele (que por sinal foi ele mesmo quem a tirou), de boa cada um tem seu destino, vc deve ser um dos poucos que tem essa coletânea aqui na cidade.

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  6. Léo lembro de vc entrando de roadie com a gente no show da Spasso Park, depois vc apareceu no encontro da geração e logo na sequência já tava tocando guitarra na banda. A próxima postagem da banda quero um texto seu de abertura como já te pedi. Esse negódi de filma é bão demais, só na base do diapá mesmo essa filmagem.

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  7. Aê irmão DoutorEdinhoZachariasPlayingGuitarInHell pirei no que você escreveu, realmente foi emocionante rever tudo isso depois de tanto tempo, já passamos cada uma e já demos tantos saltos também, a próxima formação (3ª) tem material de video pra caramba já tô até catalogando, vai ser mais emocionante ainda. Estamos aqui em 2011 e tô pirando pra gravar esse terceiro disco camarada, já temos histórias pra contar.
    Valeu irmãos Zacharias, a gente ter conseguido manter a banda depois de 14 anos com tantas mutações é um feito.

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  8. sou parte da trip tmb junto com todos do AIP que era muito loko as tardes de domingo ensaiando juntos e o juliano era muito chegado mesmo. massa tudo isso

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